O nosso mundo muda muito rápido – e de maneira contínua. Dessa forma, as previsões de tendências são fundamentais para dar um norte de como a sociedade se comportará no futuro. Saber dessas tendências de mercado nos coloca à frente no mundo dos negócios. Nos ajuda a antecipar investimentos e torna claro qual rumo seguir e qual abandonar.
Durante a edição anual do Whow! Festival da Inovação, a WGSN, empresa londrina referência em tendências na indústria criativa, apresentou quais são as tendências para 2019. De acordo com o relatório apresentado pela companhia, o conhecimento, a tecnologia e o design são os alicerces do futuro. E, dentro desses pilares, quatro macrotendências se destacam para o próximo ano.
Uma macrotendência tende a durar pelo menos cinco anos e abrange uma grande variedade de indústrias e segmentos. A seguir, trazemos quais são os tópicos enaltecidos pela WSGN e os principais pontos de cada um deles.
The thinker: a nova economia do conhecimento

Já não se vive para trabalhar. Se trabalha para viver!
O modo como olhamos para o conhecimento mudou nos últimos anos. Hoje, encaramos o aprendizado de forma muito mais valiosa. Ou seja, a produtividade é o principal objetivo, em detrimento do tempo gasto para obtê-la.
Em outras palavras, uma das macrotendências é assimilar que a produtividade é mais importante do que o tempo gasto trabalhando. Você pode passar o dia todo fazendo um trabalho, assim como pode passar apenas algumas horas e conclui-lo de maneira satisfatória.
Por certo, se debruçar por um dia inteiro em uma tarefa apenas porque é o costume já não é mais aceitável. Olhamos agora a produtividade como o tempo trabalhado. Desta forma valorizando o quanto estamos nos dedicando a cada atividade.
O ambiente de trabalho também passa por uma ressignificação. Deixa de ser algo pragmático e previsível. Portanto, abre espaço para o home office, os espaços de coworking e a mobilidade de se poder trabalhar onde estiver. Isso também é aprimorar a sua produtividade. Até porque que tira o trabalho do escritório e o coloca de maneira diferenciada em sua vida.
Essa tendência vale tanto para trabalho quanto para estudo, e nos faz repensar a velha lógica de ensino.
Temos muito a fazer e não podemos perder tempo. Produzir mais, de maneiras mais assertiva, e assim ter mais tempo para outras tarefas. Esse é o lema que prega o The Thinker: repense seu trabalho, o torne mais produtivo e trabalhe melhor.
HumaNature: Volta a intuição

Cultivaremos a natureza e louvaremos nossos instintos.
Outra tendência para 2019 é a volta da conexão das pessoas com a natureza. Com o intuito de viver bem e trabalhar melhor. Nessa conexão com o natural, voltamos a olhar mais para nós mesmos e valorizar nossos instintos e intuições.
Nem todo conhecimento do mundo é capaz de sobrepor o que sentimos diante de um novo desafio. Principalmente quando estamos prestes a decidir algo crucial em nosso negócio. Estudo apresentado pela WSGN revelou que 80% dos executivos entrevistados afirmaram que não tomariam ou repensariam uma decisão, se não fosse o que eles achassem certo.
Seguir a intuição e levar em consideração os seus sentimentos parecia algo esquecido nas décadas passadas. Hoje, voltamos a levar esses fatores em consideração como parte de um processo mundial. Onde o ser humano se atenta ao que consome, para como se alimenta e como vive. Sempre na busca da qualidade de vida e, com isso, tem a si mesmo como a chave para seu crescimento pessoal.
Nesse sentido, os padrões de beleza também são repensados e o individuo passa a ter seu valor por conta das particularidades que os tornam único. Portanto, ser apenas parte da massa já não é mais tão importante.
Ser quem se é, se aceitar como uma pessoa cheia de características únicas, assumir sua vulnerabilidade e abraçar seus instintos, vivendo uma vida conectada com a natureza e o mundo. Essa é a ideia do HumaNature.
Dark Wonder: a tecnologia fantástica e como isso vai nos impactar

Expandir os sentidos através da tecnologia é uma tendência.
Vivemos hoje um “maravilhoso mundo tecnológico”, onde a modernidade é a palavra da vez. Por meio de ferramentas de imersão (high-tech ou simples), a tecnologia vem promovendo experiencias espetaculares, às vezes prazerosas, às vezes incômodas.
Os jogos e a indústria do entretenimento, em geral, aprofundam a vivência de realidade aumentada. E tornam cada vez mais comum viver o virtual como real. Isso nos leva às imersões sinestésicas, onde soluções de design que estimulam nossos cinco sentidos serão o destaque em novos produtos, espaços e instalações. O que alavancará a economia da experiência.
Para 2019, e para o futuro próximo que viveremos, tudo se torna tátil e sensorial.
O conceito de “Dark Wonder” nos traz essa macrotendência, onde aprenderemos a absorver esse novo momento da tecnologia, participando de experiências imersivas a partir de ferramentas como a realidade aumentada e os wearables.
A condição humana vai ser ultrapassada para um nível hiper-humano. É uma crença do WSGN que o poder dos dados e da inteligência artificial vai transformar, para melhor, a nossa vida. Com um sentimento ao mesmo tempo de fascínio e de medo pelo impacto causado pela realidade virtual e pela realidade aumentada.
Estimular os sentidos, romper as barreiras da realidade e usar a tecnologia como modo de expandir a experiência de se estar vivo. O Dark Wonder aposta nessa premissa.
Multilocalidade (worldhood): novas noções de cultura

Somos cidadãos do mundo. E temos nossa própria linguagem universal.
Emoji foi considerada a palavra do ano pelo dicionário Oxford. Nossa comunicação hoje se dá principalmente por esses símbolos. E nossas fronteiras se expandiram, trocamos o local pelo global. Essa é uma tendência no mundo todo. É a Multilocalidade.
A internet unifica linguagem e lugares, mudando o nosso conceito de idioma e de lar. A conexão global conecta as pessoas globalmente através de uma nova noção de cultura urbana e novas linguagens.
Para 2019, se prevê um aumento de multilocalidade: pessoas que se identificam por uma mistura de lugares, experiências e culturas. A nacionalidade fica em segundo plano, a cultura se torna um agente unificador mais poderoso.
Haverá também um avanço da desocientalização cultural. Já não vivemos focado em apenas uma cultura, já que a internet nos dá acesso a todas.
A “worldhood” é uma macrotendência para 2019 e prega que veremos cada vez mais o mundo todo com uma única aldeia. Nosso idioma são os símbolos, os emojis. Já não temos mais um mercado geográfico dominante, o mundo é amplo e absorvemos cultura e produtos de todos os cantos do planeta. O desafio? Romper o status quo e buscar oportunidades em economias emergentes, em mercados não óbvios. Tudo isso, falando a língua que todos estão falando.
Gostou desse conteúdo? As tendências estão ao nosso redor, basta que a gente observe e descubra a melhor maneira de se inserir no que dita a ordem mundial. Para mais conteúdos como esse, fique de olho em nosso blog! Não deixe de conferir também nossa matéria sobre fóruns de tecnologia na internet.