A Open AI ganhou um grande impulso com o anúncio de que a Microsoft vai investir no negócio. Mas, afinal, o que é Open AI? É uma empresa de pesquisa localizada em São Francisco, na Califórnia. E o campo de trabalho dela é a chamada AGI – sigla em inglês para Inteligência Artificial Geral.
Portanto, conseguir a AGI é a meta dos pesquisadores da inteligência artificial. Somente com ela, a IA poderá resolver problemas chamados de “transversais”, aqueles que exigem mais de uma habilidade e variadas tomadas de decisão. Uma vez que todas as inteligências artificiais até agora desenvolvidas são específicas para determinado tipo de ação ou problema.

Por enquanto, a Open AI ainda é uma empresa relativamente pequena, com cerca de 100 funcionários. Ela foi fundada em 2015 por Elon Musk, o controverso bilionário que possui a Tesla e a Space X. Ele investiu, portanto, US$ 1 bilhão (quase R$ 4 bilhões) no empreendimento, que era na época uma organização sem fins lucrativos.
Igualmente investiram na Open AI Reid Hoffman, criador do Linkedin, bem como Peter Thiel, do Paypal. Por fim, Musk acabou deixando o empreendimento e, em 2018, a Open AI foi transformada em empresa, ou seja, visando lucro.

Quer trabalhar com inteligência artificial?
Agora a Mocrosoft entra, igualmente, com um investimento de US$ 1 bilhão e com o objetivo de acelerar as pesquisas. Tanto que a Open AI está com página específica para candidatos a empregos.
Se você é fluente em inglês, tem disposição de se mudar para São Francisco e está apto para funções como cientista pesquisador, engenheiro pesquisador, engenheiro de software, engenheiro de software robótico, entre outras, pode se candidatar aqui.
A empresa oferece benefícios excelentes, como plano de saúde para toda a família, horários flexíveis, refeições no local de trabalho. Bem como – coisa rara nos EUA – férias de quatro semanas ou mais.
Para beneficiar a humanidade
A cultura da empresa, transmitida aos candidatos a emprego, baseia-se em profunda preocupação no desenvolvimento de uma inteligência artificial que beneficie a humanidade. O objetivo é, dessa forma, ser rápida, equilibrando pesquisa e resultados.
O trabalho precisa ser colaborativo, com constante reflexão sobre tecnologias de inteligência artificial que podem impactar a sociedade. Além disso, todos devem buscar o permanente aprendizado e crescimento.
A rapidez tão desejada deve ser impulsionada pelos recursos da Microsoft, particularmente interessada no desenvolvimento da Azure. Essa será uma plataforma para serviços de computação integrados e na nuvem. A ideia é de que a Azure, voltada para empresas, atinja um tamanho maior de tudo que existe hoje. E seja, da mesma forma, uma rota para impulsionar e desenvolver modelos de inteligência artificial sempre mais sofisticados.

Parcerias com outras organizações
A AGI, contudo, será bem maior que a Azure. O objetivo final é alcançar um modelo de IA que funcione, em princípio, como o cérebro humano. No entanto, a empresa garante que só vai criar inteligências artificiais seguras para a humanidade. Além disso, os benefícios alcançados serão distribuídos amplamente. Inclusive, ela se propõe a trabalhar em parceria com outras organizações que apresente propósito idêntico.
Entretanto, em que ponto está a pesquisa? Na verdade, a Open AI está trabalhando em vários campos diferentes. São, portanto, muitas pesquisas paralelas. Com certeza, ainda não há nada parecido com uma AGI.
Se você quiser conferir os avanços alcançados nessas pesquisas, acesse esta página, que requer conhecimento de inglês. Este documento, sobre modelos de diretrizes para determinados trabalhos da AGI, pode ser particularmente interessante. Da mesma forma, é muito boa as informações desse site, sobre ingredientes para a pesquisa robótica. Aliás, tem até um vídeo (em inglês):
Todavia, os textos são bastante técnicos e complexos, feitos por e para pesquisadores avançados e não para leitores comuns.
Intel também está nessa busca
Então, quando teremos a AGI? Ninguém sabe, mas a Open AI diz que prioriza projetos de pesquisa com mais de 50% de chances de dar resultados em dois anos. Porém, a empresa não está sozinha nesse campo de pesquisa. São vários os empreendimentos em busca da inteligência artificial geral, e a fabricante de chips Intel é uma delas.
Assim, partindo do princípio de que cérebros são sempre melhores que CPUs, a Intel está criando sistemas que tentam reproduzir o cérebro humano. Aliás, tanto na estrutura física (o hardware) como na forma de funcionamento (o software).

O cérebro humano consome muito menos energia que um chip convencional. E um dos equipamentos com “neurônios” artificiais da Intel já conseguiu gastar apenas um centésimo da energia consumida por um chip comum.
Assim, Open AI e Intel trilham caminhos diferentes, apesar das metas serem a mesma. Uma delas, ou ambas, ou ainda outras empresas conseguirão a inteligência artificial geral. E certamente isso vai mudar o mundo.
E já que estamos falando de inteligência artificial, aproveite para ler um artigo especial sobre os melhores filmes sobre AI. Além disso, veja dicas de cursos online sobre essa tecnologia. Boas leituras!